sexta-feira, 16 de outubro de 2009

Capítulo 38 – A despedida

Recapitulação:

A viagem que demora mais ou menos 30 minutos, naquele dia pareceu durar 30 horas. Enquanto conduzia relembrava todos os nossos momentos juntos. Alguns divertidos, outros nem tanto mas eram sempre verdadeiros porque éramos nós sem máscaras. Antes de ir para o cemitério parei numa florista onde comprei 1 túlipa vermelha, a sua preferida. Estacionei o carro em frente ao cemitério, caminhei até ao alto portão que me separava do sítio onde ele agora estava mas não consegui entrar logo. Fechei os olhos e respirei fundo…

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Não foi difícil encontrar onde ele estava, ainda tinha amontoados de flores frescas em cima e estava perto do portão. Quando me aproximei vi uma fotografia que alguém tinha lá posto, era a nossa turma no 9ºano, estávamos todos a fazer caretas, não pude evitar e sorri. Havia mais algumas fotos e mensagens de amigos, pousei a túlipa perto da “nossa” fotografia e comecei a chorar. Sentia saudades dele e não tinha tido oportunidade de me despedir, de lhe dizer o quanto gostava dele…fiquei assim durante algum tempo até que senti uma mão no meu ombro. Assustei-me e olhei para trás para ver quem era. Era a Sra. Rita, a mãe do Rodrigo, não parecia a mesma pessoa alegre que eu conhecia. Estava mais magra e parecia mais velha com todo aquele sofrimento. Abracei-a e juntas chorámos a perda daquele que era o meu amigo.


-Eu telefonei á tua mãe e ela disse-me que devias estar aqui. Tenho uma coisa para te dar minha querida. – disse a Sra. Rita tirando um envelope do bolso. – Encontrei isto no quarto dele com o teu nome…


Abri a mão e peguei no envelope. O meu nome estava escrito com a caligrafia dele.

-Obrigada Sra. Rita. – foi a única coisa que consegui dizer.


Despedi-me dela e fui até ao meu carro. Aquela carta parecia, para mim, muito mais pesada do que aquilo que era. Decidi conduzir mais alguns minutos para o sítio onde nós costumávamos ir todos os dias, a albufeira do Azibo. Éramos capazes de ficar horas a olhar a água, sentados na rampa relvada. Assim que lá cheguei fiz aquilo que fazíamos sempre, saí do carro e fui sentar-me na relva, virada para a água. Olhei a carta e finalmente ganhei coragem para a abrir.


Do seu interior caiu um colar com 2 pendentes, um brilhante cor-de-rosa que me representava a mim, segundo ele simbolizava a minha meiguice e amor. O outro pendente era um brilhante preto que o representava a ele, o popular mas inconformado. Tínhamos comprado aquilo algum tempo antes de eu ir embora. Segurei o colar na minha mão e comecei a ler a carta…


“Olá minha estrela.
Adivinha onde é que te estou a escrever esta carta? Sim, é isso mesmo, no nosso sítio, aí mesmo onde tu estás. Decidi escrever-te esta carta para que saibas que eu estou feliz e para que não encares a minha morte como algo trágico. Tu sabes que o mundo sempre foi pequeno de mais para mim e por algum motivo que ambos desconhecemos nunca gostei muito de viver nesse mundo. Eu estou feliz e agora sou completamente livre. Vá lá, limpa essas lágrimas senão não vais conseguir ler isto até ao fim.
Estás a ver esse colar que tens na mão? Lembras-te dele não lembras? Claro que lembras, não te podias esquecer de algo tão inesquecível quanto eu! Assim já gosto mais de te ver…a rir. Voltando ao colar…quero que pegues nele e avances até à borda da água. Vá lá, mexe-te! Agora lança-o á água…eu sei que custa. Ao faze-lo vais estar a perpetuar a nossa amizade, vamos sempre pertencer aqui mesmo estando tão afastados.
Agora minha estrela vai ser feliz.
Adoro-te para sempre,
Rodrigo”


Estava banhada em lágrimas mas a sorrir. Aquela carta era mesmo a cara dele, só ele para fazer isto. Depois de beijar o colar lancei-o às águas calmas da barragem. Era a nossa despedida. Apesar de continuar a sentir a dor do seu desaparecimento, sentia-me melhor, mais leve por saber que ele partiu bem.

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Espero que tenham gostado deste post!!

Para quem achou o post anterior trágico e triste talvez seja melhor avisar que ainda não chegou a parte mais trágica! lool

Comentem muito!!

BeiJONAS

P.S. - O próximo capítulo chama-se "Saudade"...é um capítulo para todas aquelas que querem o Joe e a Samanta juntos...e mais não digo!! Façam as vossas apostas!

7 comentários:

Ana!! disse...

=´C pq q tens de ter uma veia tao tramatica.lol

lindo mas isso ja n e preciso dizer.....


fgo aquele rodrigo tbm tem uma veia de algo n identificado....inda bem que temm veias lol,

bjs.


posta ainda hoje.

<3

sarah'@ disse...

omg está lindo.
tens mesmo jeito :)
AMO, ESTÁ LINDO

puseste-me a chorar :)

posta rápido

RainbowWorld disse...

És tão má!! Puseste -me a chorar!!! Eu!! A Chorar!!!

Posta o proximo capítulo depressa... se isto não é o mais dramático tou pra ver o que vai ser o próximo...

BJs

PS: Ve o meu blog, estou a postar uma fanfic, e hoje postei o 1º capítulo

Anónimo disse...

ehhhhhhhhh finalmente o Joe e a Samantha vao ficar juntos ou vou começar a ficar juntos :D :D :D
Estou com um sorriso na cara xD

O Rodrigo escreveu uma carta lindaaaaaaa BeiJonasss
Bia JB http://historias-jemi.blogs.sapo.pt

Unknown disse...

Ya adorei este capitulo e tao emocionante
QUERO MAIS
BeiJonas
Iris

Gémeas Jonas disse...

Oooh até fiquei comovida, acredita :$
Está mesmo bonito.

Explica-me uma coisa, se ele morreu num desastre de carro, então não foi um acidente? Ele suicidou-se (isto é triste). Porque se não fosse esse o caso, ele nunca escreveria a carta a falar da sua própria morte.

PFF responde-me a isto, é que fiquei mesmo a pensar no assunto. Obrigada

Me, myself and I disse...

Sim...ele suicidou-se! Mas vais ver isso no próximo capítulo!!