Capítulo 26 – Não valia a pena…

Antes de mais gostava de agradecer a todas aquelas que comentaram e me pediram para continuar...é por vocês e por todos os que leem a minha fic que eu continuo a escrever. OBRIGADA!
Quanto á fic devo dizer que ainda muitas surpresas se avizinham...!

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Recapitulação:

Ao inicio tive medo pois pensei que elas me iriam insultar ou algo do género mas depois elas mostraram-se muito simpáticas e até pediram desculpas pela atitude das outras fãs. Pediram-me também para tirar uma fotografia com elas e com o Greg, não percebi muito bem porquê, eu nem era famosa nem nada.
Quando chegou a hora de jantar fomos a um restaurante que tinha uma esplanada com vista para o mar. Foi um jantar bastante romântico á luz das velas. Tivemos que regressar logo depois a casa porque o dia seguinte começava cedo…era o início da tour.

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Ainda faltava algum tempo para as 6 horas da manhã e já toda a gente na casa dos Jonas estava mais que acordada. O Greg chegou pouco depois de eu acordar e com o passar do tempo foram chegando os restantes membros da banda e equipa técnica. Conheci finalmente o famoso Big Rob, ele é mesmo enorme mas extremamente simpático e amável.

Às 6 da manhã já toda a gente estava pronta para partir, só faltava o Joe e a Camilla. A Denise disse-me que eu e o Greg íamos no autocarro principal mas eu não sabia se seria boa ideia. Assim que a Camilla e o Joe chegaram o ambiente divertido e descontraído que se sentia foi substituído por uma atmosfera de tensão e expectativa.

O Joe cumprimentou toda a família e até Greg, ignorando-me a mim que estava mesmo a seu lado. Esta atitude de Joe não caiu bem a Greg, mas eu disse-lhe para não se chatear porque mais cedo ou mais tarde tudo ia voltar ao normal e além do mais a culpa não era dele.

A Camilla chegou com o seu ar altivo e superior cumprimentou apenas a família Jonas, excluindo as minhas amigas, o resto da equipa e claro está…excluiu-me a mim. Cada um entrou no autocarro que lhe estava destinado e estávamos prontos a seguir viagem para aquele que ia ser o meu primeiro concerto dos Jonas.

Dentro do autocarro principal o ambiente era um bocadinho tenso porque apesar de estarmos todos reunidos a jogar jogos e a conversar, a Camilla e o Joe mantinham-se a um canto afastados, o que causava um bocado de mau estar.

A viagem de autocarro durou sensivelmente 6 horas. Passado pouco mais de 2 horas após o começo da viagem a maioria foi para os beliches dormir uma sesta, restava na “sala” apenas eu, o Greg, o Joe e a Camilla. Eu estava sentada no sofá com o Greg a abraçar-me, a Camilla tinha adormecido com a cabeça encostada ao ombro do Joe. Naquela “sala”estava um silêncio sepulcral, o Greg tinha também adormecido e Joe e eu apenas olhávamos um para o outro. Percebi no olhar dele que cada vez que eu mostrava não o odiar ele sofria mais, talvez estivesse á espera que o ódio fosse a opção que me traria menos sofrimento.

Passámos longos minutos a olhar um para o outro sem proferir nenhuma palavra até que decidi quebrar o silêncio.

-Achas que vale a pena? – perguntei eu a sussurrar. Ele não estava á espera da minha pergunta pelo que vacilou um pouco até responder, também ele a sussurrar.

-Desculpa… - disse ele.

-Eu não preciso que me peças desculpa. Só preciso de saber se estar com ela compensa todo o sofrimento que vejo nos teus olhos. Se compensa a distância e a ausência da tua família…

Ele não respondeu de imediato, em vez disso as lágrimas brotaram-lhe dos olhos. Aqueles olhos que antes espelhavam alegria e vida, estavam agora tristes e distantes. Não, ela não podia compensar todo aquele sofrimento. Não, aquilo não valia a pena, pensei eu.

-Eu gosto dela. Ela gosta de mim... É melhor assim.

Apeteceu-me gritar-lhe e dizer-lhe que não era melhor assim. Dizer-lhe que ela não o merecia, mas em vez disso formou-se um enorme nó na garganta na minha garganta e as lágrimas começaram a escorrer pelo meu rosto. Deixamo-nos ficar a olhar um para o outro em silêncio enquanto as lágrimas caiam livremente dos olhos de ambos até que acabamos por adormecer também.

Quando chegamos ao nosso destino voltou a instalar-se o mesmo silêncio cortante entre nós, o mesmo que havia anteriormente.